terça-feira, 30 de julho de 2013

Servidores da Educação criticam diretoria de sindicatos

Trabalhadores acusam sindicatos de não atuarem em defesa da categoria.
Presidentes do Sinplac e Sinteac dizem que críticas têm motivação eleitoral.

 
            
Greve educação Acre (Foto: Yuri Marcel / G1)
Greve da Educação terminou nesta segunda-feira (29)  (Foto: Yuri Marcel / G1)
 
A greve dos servidores da Educação terminou nesta segunda-feira (29), não antes porém, sem expor alguns atritos entre a categoria e a representação sindical. Parte dos trabalhadores acusa os sindicatos de não atuar de maneira adequada em defesa da categoria.

Os trabalhadores da Educação são representados no estado por duas organizações, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Acre (Sinteac), presidido por João Sandim, e o Sindicato dos Professores Licenciados do Acre (Sinplac), liderado pela professora Alcilene Gurgel.

Um dos servidores que critica os sindicatos é Waldir França. "Nossa maior dificuldade foi lutar contra os próprios diretores dos sindicatos que nos representam porque eles estavam toda hora tentando impor as propostas do governo para 2014, mesmo sendo rejeitadas eles insistiam ao invés de fortalecer o movimento", conta.

França acusa ainda os sindicatos de executarem ações para tentar esvaziar as manifestações. "Muitas vezes ficamos sem cadeiras, água e carro de som, propositalmente para esvaziar o movimento", diz.

Outra que critica os sindicatos da Educação é a socióloga Ruth Braga, que acredita faltar empenho ao sindicato para defender os interesses dos filiados. "Tenho hoje 30 anos de serviços prestados e me vejo às portas da aposentadoria ganhando pouco mais de um salário mínimo mesmo sendo formada, com especialização e tudo. É vergonhoso! Não é nem o governo, é o sindicato que não está trabalhando", enfatiza.

Sindicatos negam acusações
Procurados pelo G1 os presidentes dos dois sindicatos dizem que as acusações possuem motivações políticas. "A única intenção é desqualificar os sindicalistas para tentar ganhar eleição. O tipo de pessoa que diz isso nunca vem para as assembleias, agora aparecem em véspera de eleição fazendo discurso de campanha", rebate Alcilene Gurgel.

Greve Educação Acre (Foto: Yuri Marcel / G1)
Professora Alcilene Gurgel diz que acusações
são 'eleitoreiras' (Foto: Yuri Marcel / G1)
Presidente do Sinteac, sindicato que elegerá uma nova diretoria no mês de agosto, João Sandim também diz acreditar que as críticas estão relacionadas a eleição.

"Os trabalhadores em Educação têm demonstrado unidade e determinação para lutar. Lamento algumas pessoas que se infiltram no movimento para fazer debate antecipado em eleição. Entramos na greve diz 20 sem nada hoje temos três pontos que não acontecerão quando a gente queria, mas conseguimos para 2014", conclui.

Polêmica
O ponto alto das discussões entre sindicato e servidores ocorreu na sexta-feira (19) quando alguns servidores foram barrados ao tentar participar de uma assembleia no Colégio Estadual Barão do Rio Branco (Cerb) por seguranças contratados pelos sindicatos por não conseguir provar que fossem servidores da educação.

De acordo com Alcilene Gurgel os seguranças queriam apenas garantir que todos os participantes fossem servidores da Educação.
FONTE: G1

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