segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Quatro novos partidos buscam o registro no TSE e TREs


Nos últimos dois anos, cinco partidos ingressaram com pedido de registro na Justiça Eleitoral no Amazonas. Apenas o Partido Social Democrático (PSD) concluiu o processo de formação, e até participou das eleições de 2012

    A ex-senadora Marina Silva fala no lançamento de seu novo partido
    A ex-senadora Marina Silva fala no lançamento de seu novo partido (Divulgação - José Cruz/Agência Brasil )
    Com o lançamento do partido da ex-senadora Marina Silva, realizado ontem, em Brasília, subirá para quatro o número de legendas com pedido de registro no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM).
    Nos últimos dois anos, cinco partidos ingressaram com pedido de registro na Justiça Eleitoral no Amazonas. Apenas o Partido Social Democrático (PSD) concluiu o processo de formação, e até participou das eleições de 2012.
    O Partido Ecológico Nacional (PEN) obteve o registro do TRE-AM, mas não conseguiu participar das eleições de 2012. A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Nancy Andrighi, descartou 207.248 assinaturas de apoio à legenda por irregularidades como duplicidade.
    Atualmente, estão sob a análise do TRE-AM o registro do Partido do Meio Ambiente (PMA), do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e do Partido do Desenvolvimento Nacional (PDN).
    Com diretrizes como “a preservação do meio ambiente”, através da implantação da coleta de lixo reciclável e a arborização das cidades, por exemplo,
    O PMA surgiu em 2011 para rivalizar com o Partido Verde (PV) a bandeira ecológica. A sigla obteve até agora apenas o registro provisório TSE. Apesar das semelhanças com o PV, o PMA, em 2010, não apoiou Marina Silva. Ficou com Dilma Rousseff (PT).
    Bandeiras
    A criação do Imposto Único Federal (IUF) é a bandeira pela qual o embrionário Pros quer se viabilizar como opção partidária no Brasil. No dia 1º desse mês, a legenda apresentou suas lideranças no Amazonas.
    Os membros dos partidos rebatem, mas para os cientistas sociais Gilson Gil e Carlos Santiago, a aparição de novos partidos no País não tem resultado necessariamente em mudanças na forma de fazer política.
    Santiago defende que as legendas estão cada vez mais iguais. “A maioria é apenas sigla dominada há anos por políticos profissionais, famílias e pequenos grupos de pessoas, com atuações similares, independentes dos partidos serem grandes ou pequenos, ou de pertencerem à esquerda ou à direita. Conceitos estes, completamente falidos”, defende o sociólogo.
    Nenhuma novidade tem sido apresentada pelos novos partidos criados, afirma Gilson Gil. “Se não tiver mudança do sistema eleitoral brasileiro, não há mudança. Os grupos criam partidos para eles, não alteram nada nas regras do sistema. Julgam que é mais fácil criar uma sigla nova do que brigar dentro da sigla. Enquanto não se discutir isso, os novos partidos servirão apenas uma forma de acomodar os mesmos grupos”, comenta o pesquisador.

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